:: Girl Next Door ::

A vida e a alma da Girl Next Door expostas detalhadamente para quem quiser espiar e acabar com as especulações debaixo da janela.

sábado, outubro 09, 2004

...justamente na *minha* vida??

A.S.: existe alguma minininha solteira que não esteja sofrendo de carência??


Eu desisto muito fácil.

É verdade, reparei isso após a sessão de "A Dona da História", ontem. Aliás, bom filme. Quando saí do Palácio (aliás, ótimo cinema =-p) ouvindo a voz da Sandy (aliás, cantora maravilhosa) cantando "Chovendo na Roseira", experimentei a mesma sensação que tinha experimentado uma só vez até tal momento (que foi quando terminei de ler "As Horas" -aliás, livro extraordinário): a de mudar. Simplesmente mudar.
Quis atravessar a rua e pegar um ônibus qualquer, ir pra qualquer lugar, fugir da atual rotina e começar uma outra, sei lá, alguma coisa nova, conhecer pessoas, fazer o que eu sempre quis (desde caminhar sem rumo pelo Rio até pegar o bondinho de Sta. Teresa, passando por entrar numa Igreja, por exemplo, ou pegar um ônibus só pra conhecer seu intinerário etc.). Quis falar com todas as pessoas com as quais não falo à séculos... voltar a falar com todos, renovar os laços de amizade, traçar novos caminhos com todos com os quais já falei e os quais amei (e aí percebi que desisto muito facilmente).
Queria ligar pra alguém e discutir a vida, meu 'destino', meu caminho, o que eu quero pra mim daqui a 30 anos, o que esse alguém quer, o que podemos fazer pra não sermos amargos como a Carolina-que-não-foi-à-festa, percebermos que somos felizes agora e sabermos disso.

Essa semana, olhando pras crianças do colégio onde fica meu curso, um inspetor falou pra a gente "tempo bom esse, que não volta mais... Eu era feliz e não sabia... né não?", e muita gente concordou com aquele ar nostálgico, sei lá. Pois eu e a Rê não. Não concordamos, não! Eu era feliz e sabia, sim! Eu ria, eu brincava, eu brigava, eu fazia amigos, eu chorava, eu me divertia como toda criança deve! E não fico me amargurando como as pessoas que falaram "é..." pra observação do inspetor ficam: eu sou feliz agora, mesmo com a tristeza que aparenta ser constante e faço questão de saber e me lembrar sempre disso! Sou feliz!
Sou feliz e quero continuar assim. Quero ser como a Carolina-Vivan-Maia, sabe? Não se pode ser feliz sempre, nem ser realizada em tudo, mas pode-se estar satisfeita com suas escolhas e com o rumo da sua vida, ser levada pela vida e poder opinar tbm, ter assim lembranças maravilhosas, não se matar com os chatos 'e se...??', se aceitar e, mais uma vez, estar satisfeita consigo mesma.
Como já disse aqui há pouco tempo, "mesmo acreditando em acaso, eu creio que consigo ter parte do crédito no que acontece na minha história, (...) creio que o acaso se faz presente e que eu posso manejar as coisas que ele me permite. Não tá tudo nas minhas mãos, nem nas mãos dele. É um jogo em equipe". E assim vou sendo feliz; e espero que o meu filme, que sempre continua depois da sessão, tenha uma personagem (não 'atriz': personagem!) feliz e, mais uma última vez, satisfeita.



P.S.: vou voltar à Sandy e ao Junior... Do nada, larguei os dois de mão, admito, mas não farei mais isso com eles... eles não merecem, me fazem tão bem... Ouvir a voz da Sandy no cinema mexeu mais ainda comigo, como se já não bastasse o filme em si. Aliás, a idéia pro atual endereço do Girl Next Door surgiu quando eu tava ouvindo a versão que minha querida dupla fez da tal [ótima] música ("Chovendo na Roseira"). Vai aí, então, uma música da fase 'ih, acho qeu eles tão crescendo' deles:

Eu Quero Mais

Eu quero mais, mais que alegria/ E o tempo todo sorrir/ Eu quero mais estar de bem com a vida/ Eu quero é me divertir/ Saber curtir cada emoção é sentir a sensação/ De liberdade e explodir/ Soltar a imaginação é soltar o coração/ Deixar rolar o que ele pedir/ Dançar, correr, ação total/ Aproveitar o que é legal/ Fazer o que quiser fazer/ Saber viver é um dever.